Algumas pontes franciscanas

A primeira ponte sobre o (ainda menino) Chico

O que sei eu de deuses, de rios e de pontes?
T. S. Eliot em The Dry Salvages (in Os quatro quartetos) diz acreditar que o rio É um poderoso deus castanho - taciturno, indômito e intratável, antes reconhecido como fronteira, Depois, apenas um problema que ao construtor de pontes desafia.
Resolvido o problema, assegura o poeta, o deus castanho é quase esquecido.
Em Iguatama, MG duas pontes paralelas sobre o Chico adolescente

Neste périplo que venho realizando ao longo do Velho Chico, a poesia de Eliot tem me visitado com mais frequência do que costumeiramente me visita.
A velha ponte ferroviária (em desuso), Pirapora, MG
Sobre a primeira ponte em território baiano, em Carinhanha

Como tenho pulado, aqui e ali, de uma margem pra outra deste longo curso d'água que me conduz - tanto acomodado (com a magrela) sobre o lombo de uma embarcação (balsa, barco ou canoa), quanto pedalando, todo renitente, por pontes com variadas extensões e desenhos arquitetônicos - venho observando esse deus taciturno e ruminando a poesia de Eliot.
Sobre a ponte de Bom Jesus da Lapa, uma das mais devotas cidades baianas

Certamente outras pontes (franciscanas), assim como balsas, barcos e canoas, ainda estão por vir.
Veremos.

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