Dois finais (felizes e azuis)

A dois ou três passos (ou arcos?) de Vila Velha, a bela cidade dela, magrela.
Quem vê essa magrela, posando toda bem disposta, aí sobre as Cinco Pontes, na ainda quase primaveril manhã do domingo, 24 de dezembro, nem pode imaginar que ela, coitada, ficou enclausurada dentro do calabouço móvel de um bususão (que cruzou quatro estados brasileiros) por 32 horas.
Sim, isso mesmo.
Das 23h da sexta-feira, dia 22, até às 7h da manhã desse límpido e natalino domingo que se vê aí acima, ela veio guardada com cuidado (mas não diria que com a merecida gentileza) dentro do ancho, mas sobrecarregado compartimento de bagagem do tal busu interestadual.
Pois é, depois da fotogênica e conclusiva (até triunfante, diria) chegada à foz do Velho Chico na cidade alagoana de Piaçabuçu, na tarde daquela sexta-feira, corremos muito para alcançar o ônibus que passaria por Penedo (vindo de Maceió com destino ao Rio de Janeiro) e nos deixaria na rodoviária de Vitória, ES na manhã de domingo.
Houve tempo para descansar à sombre de uma árvore no cais de Piaçabuçu, AL, pouco antes de ir, de barco, para a foz.
- Mar à vista! gritou da proa a magrela, quando o "bico" do barco apontou para a foz ao longe.
Mesmo assim, depois deste esforço (pra que eu pudesse abraçar toda a prole dispersa e querida, na nossa reunião anual) ela, a magrela, exigiu alguns registros da chegada a Vila Velha (depois de 57 dias na estrada). No que a atendi prontamente. Pois era o mínimo que eu podia fazer, ali, por esta brava companheira de jornada.
A você, amiga, amigo, agradeço pelo acompanhamento generoso ao longo de todo o Circuito São Francisco.
Valeu!
Mais postagens virão. Há muito pra contar (e mostrar).
Fica ligado.
A magrela, das Cinco Pontes, flerta com a Baía de Vitória e com o velho Moxuara recostado no teto azul do oeste.

Logo depois da sua alforria, a magrela observa o Moxuara de uma "janelinha" das Cinco Pontes. 
A magrela posa (toda garbosa) já, ali, à porta de casa.

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